quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

É mentira, meu amigo.

É mentira, é mentira quando lhe dou tchau dizendo ir dormir, quando lhe falo que me ocupo com leituras nas lacunas do diálogo, é mentira quando lhe digo que não te necessita vir por causa minha, é mentira, minto dizendo que estou bem, minto ao falar que não quero-te, minto, e essa mentira me afoga cada dia mais, me sinto como a lua se cobrindo do sol para não te receber o brilho, como uma mãe que desdenha o filho por ciume ou por castigo, esse orgulho e preconceito que te tenho em relação amim é mentira, é casca, casca dói menos, mas saiba, de todas as esperas do dia, a tua é a mais cruel, a tua é a que arde de dentro pra fora como se me arrancassem uma parte da alma, é tua a falta que eu choro para o travesseiro, é teu o machucado que eu fiz no coração, mas, nem por isso eu deixaria de mentir, e saiba que, apesar do coração triste e machucado, ainda é teu e ainda existe fé, pois se não houvesse, acho que nem lhe falaria, e não seria minha a audácia de contar-lhe de mim, a final, ainda somos amigos, certo?

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