segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pó, pedaço, fragmento.

Tudo se resume em pó. Sim, pó. O pó que alguém deixa na sua vida, o pó que você deixa na vida de alguém. Pó, pedaço, fragmento.

Analisando o inanalisável, cheguei a conclusão de que me tornei duro de coração, rico de alma e pobre de amor. São muitos anos acumulando poeira sentimental em um capacho vital, onde pessoas passavam e como em um simples capacho, batiam os pés, talvez para deixar a poeira de suas vidas na minha ou apenas para não levar a minha poeira em suas vidas, não me importa, o que realmente importa na vida segue junto a mim, assim, como um grão de areia, batido por um sapato importante.

Mudança

Mudando de mundo. 
Vou me mudar, vou embora. Volto em cinco anos ou mais. Não sei porque cinco, acho o numero bonito, vou lá, ver um novo sol, uma gente nova, uma vida nova. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ócio baristico

Esses copos sujos que se enchem de cerveja, vodka, vinho e uma porra de um wisky barato vão me acompanhando, sem perguntar nome, sem perguntar idade, sem ter hora nem dia nem lugar. Vão dividindo espaço com o cinzeiro, a garrafa, o maço de cigarro, um ou outro celular, uma caneta, um possível guardanapo de boteco e é claro, meus tímidos braços.

Mulher de fases.

Eras Ana Paula, foi bela como a brisa do mar que a conheci, viraste Natasha com saltos, trejeitos, manias e vicios. Dias depois me deparo com Grampola, indomada Grampola com cabelos cor de fogo, sorriso de menina e olhar de mulher. Isso tudo é uma metamorfose ambulante ou apenas uma maneira de me confundir em meus devaneios para que eu ame cinco mulheres em apenas um corpo, me ponho a pensar! Sim! Cinco, como poderia me esquecer de suas transformações de Machado? Capitu, minha bela Capitu, seus olhos de ressaca e esses maldito olhar de cigana dissimulada que me apaixona e me fascinam, como te esquecer minha morena de angola?? Minha bela Anita, meu amor, minha flor, veja só, de tanto amor, rimo flor com amor para ficar bobo e terminar assim esse enredo de um louco sonhador.

Demaseios, paralelas e vícios.

E porque você sempre diz isso? Porque sempre diz que eu bebo demais, saio demais, fumo demais, porque sempre aponta meus erros e vícios em primeira mão? A, qualé, sabe que vícios são pilares que sustentam toda a leveza de nosso ser. De fato, eu sou demais, demasiado apaixonado, apegado, demasiado divertido, demasiado sorridente, contente também, poxa, entende!! E o pior de tudo é que eu estou indo paralelo à você, sabe como é, sabe o que dizem sobre retas paralelas né? Então, elas nunca se encontram, no infinito talvez. Isso é maior que toda essa merda de vícios, retas, infinito, apego e desapego, é algo maior e se você não consegue entender os meus demaseios, creio que nossas paralelas nem no infinito se encontrarão. Sabe, tinha tempo que eu queria te falar algumas coisas, nada clichê, nada costumeiro, se fosse fácil eu já teria escrito coisas costumeiras sem valor, queria algo especial que pudesse olhar e falar –É pra você. Não é drama, não faça essa cara, entenda como você cresceu em mim, entenda como eu anseio do fundo de minha alma que esse infinito exista, sim, o das retas, sei lá, um dia, tudo é possível, não é? Volta mais uma vez? Por favor, volta pra ficar, a casa ainda esta da mesma maneira que você deixou, os sofás são tão solitários na sala, volta, volta que a paixão ainda existe e eu não sei mais se vou aguentar a casa, o coração e o infinito sem você. 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fluxo.

‎É engraçado o fluxo da vida, pessoas entram em sua vida, pessoas saem, pessoas entram para tirar pessoas, pessoas saem para entrar outra nova no lugar e sempre tem um ou outro, que gruda em sua alma e não larga nunca.

Confuso

Não sei até hoje se você era mesmo tudo aquilo que eu via em você ou se meus sentimentos projetavam você em mim ou eu em você, o que acontece é que me dá um nó na cabeça quando lembro de projeções, eu, você, dias, casos e acasos, acho que só faltou mesmo uma caneta e papel naqueles dias, talvez nem caneta nem papel, talvez um tapa na cara e um grito: ACORDA, O SONHO ACABOU. Enfim, to bem, to vivo, vivo vivendo, tentando da minha melhor maneira sorrir e seguir essa merda de boa vida que eu tenho.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Querer.

Quero alguém pra mim, pra chamar de meu, pra acordar no meio da noite e não ver a cama vazia, alguém pra doer, alguém pra acordar no meio da noite e ver dormir sem que doa dolorido, alguém pra ligar quanto estiver triste e quando estiver feliz também, quero ser e quero ter um porto seguro, alguém pra falar de Caio Fernando e almejar um futuro lispectoriano.